Segundo o comando da greve, todos os militares presos aderiram à decisão; o grupo foi levado para a Corregedoria, em São Gonçalo
Os bombeiros militares do Rio de Janeiro presos após a invasão do quartel-general da corporação entraram em greve de fome, segundo um dos comandantes da greve, Cabo Benevenuto Daciolo.
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“Convocamos toda a população do estado do Rio de Janeiro contra este crime que está sendo feito contra os bombeiros militares do Estado e contra este governo ditatorial do senhor Governador Sérgio Cabral. Somos trabalhadores e entramos em uma unidade militar aonde trabalhamos”, disse o cabo.
Ele confirmou ainda que uma mulher, esposa de um militar que estava dentro de uma unidade e que está grávida, passou mal na invasão e perdeu a criança. Ela foi levada para o hospital da corporação no bairro do Rio Comprido, na Zona Norte da cidade, aonde está sendo atendida.
Os bombeiros foram presos após confronto com as forças do Batalhão de Choque e do Bope no início deste sábado. Há pouco, eles foram conduzidos de ônibus do Batalhão para a Sede da Corregedoria, em São Gonçalo.
Ônibus deixa o Batalhão de Choque com os bombeiros presos
Mais cedo, os militares confirmaram que bombeiros de folga e familiares estão sendo convocados pela direção da greve a ocuparem quartéis em todo o Estado do Rio de Janeiro. O movimento é uma represália à prisão dos militares que invadiram o quartel-general na noite de ontem. Segundo os militares, somente casos de extrema emergência estão sendo atendidos, como acidentes de trânsito e incêndios.
Governo
O governador do Rio, Sérgio Cabral, está reunido desde as 8 horas da manhã deste sábado com assessores no Palácio Guanabara, para fazer um diagnóstico do confronto. Cabral montou um gabinete de crise para avaliar a situação e dará uma entrevista coletiva sobre o assunto.
Fonte:
*Com reportagem de Anderson Ramos, especial para o iG
Nossa opinião:
Nosso mais profundo repúdio à ação, mais que desastrosa do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que ordenou ação firme do BOPE, nesta madrugada contra Bombeiros militares e suas famílias, ocasionando ferimentos em mulheres e crianças, esposas e filhos menores dos nossos bravos Bombeiros, que reinvindicam, nada mais justo que salários dignos e melhores condições de trabalho, para servir com mais eficiência a população.
É hora do trabalhador, seja militar ou civil, deselvolver ação firme, corajosa, e sem retroceder um milímetro sequer, contra esses déspotas que assumem governos, não para governar para o bem comum, e sim em causa própria.
Estamos com os companheiros Bombeiros militares, estamos com o trabalhador, para a construção de um país mais justo, fraterno e soberano, para todos os brasileiros.
Vamos todos juntos!