Achatina fulica
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Caramujo-gigante-africano
Achatina fulica
Classificação científica
Reino:
Animalia
Filo:
Mollusca
Classe:
Gastropoda
Ordem:
Stylommatophora
Família:
Achatinidae
Subfamília:
Achatininae
Género:
Achatina
Espécie:
A. fulica
Nome binomial
Achatina fulicaFérussac, 1821
O Caramujo-gigante-africano (de nome científico Achatina fulica) é um molusco da classe Gastropoda, de concha cônica marrom ou mosqueada de tons claros. Nativo no leste-nordeste da África, foi introduzido no Brasil em 1988 visando ao cultivo e comercialização do escargot.
[editar] Características biológicas da espécie
Os adultos da espécie atingem até 20 cm de comprimento de concha e pesam até 500 g. No sudoeste do Brasil, eles chegam no máximo a 10 cm de concha e 100 g de peso total. Os jovens possuem as mesmas características de concha dos adultos.
É uma espécie extremamente prolífica; Alcança a maturidade sexual aos 4 ou 5 meses. A fecundação é mutua pois os indivíduos são hermafroditas; podem realizar até cinco posturas por ano, podendo atingir de 50 a 400 ovos por postura. É ativa no inverno, resistente ao frio hibernal e à seca. Normalmente passa o dia escondido e sai para se alimentar e reproduzir à noite, ou durante e logo após as chuvas. A tonalidade do corpo é cinza-escuro e as conchas possuem faixas de coloração variável, de castanho até levemente arroxeado. Os ovos são um pouco maiores que uma semente de mamão, e possuem coloração branco-leitosa ou amarelada.
[editar] Problemas de saúde pública causados por este caramujo
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Há moluscos que estão presentes em diversas partes do planeta, como o caramujo Achatina fulica, que foi introduzido ilegalmente no Brasil inicialmente no estado do Paraná há cerca de 20 anos atrás como alternativa econômica ao escargot (Helix aspersa) por um servidor da Secretaria de Agricultura.
A segunda introdução teria ocorrido no porto de Santos por um servidor público em meados da década de 90, que montou um Heliciário na Praia Grande, no qual promovia cursos de final de semana. O fracasso das tentativas de comercialização levou os criadores, por desinformação, a soltar os caramujos nas matas. Como se reproduz rapidamente e não possui predadores naturais no Brasil, hoje tornou-se uma praga agrícola e pode ser encontrado em praticamente todo o país, inclusive nas regiões litorâneas, como no litoral sul do estado de São Paulo, onde constatamos sua maciça invasão. Esse caramujo africano, de fato pode transmitir ao homem os vermes causadores de um tipo de meningite e da peritonite, por ser o hospedeiro natural deles. O primeiro deles é o Angiostrongylus cantonensis, responsável por um tipo de meningite que ocorre principalmente na Ásia, porém, ha notificação de casos em Cuba, Porto Rico e Estados Unidos. Apesar de não haver registro dessa doença no Brasil, infelizmente são altas as chances dessa doença se instalar no país.
O outro parasita é o Angiostrongylus costaricensis, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina, pode ocasionar um quadro infeccioso abdominal aguda grave, que pode levar à morte. Raramente a doença evolui para forma letal, permanecendo na maior parte das vezes assintomática ou comportando-se como uma parasitose comum. "Conhecida como angiostrongilose abdominal, no Brasil essa doença é transmitida por caramujos nativos, e não pelo gigante africano; na região sul do país encontra-se a maioria dos casos. Não há registro de exemplares de A.fulica adultos naturalmente infectados no Brasil, porém, as larvas podem se infectar através da ingestão de hortaliças contaminadas com o muco deixado pelo molusco adulto silvestre ao se movimentar. Por isso é que devemos lavar as verduras em água corrente e depois deixar as mesmas em molho, bastando colocar apenas uma colher de sobremesa de água sanitária em um litro de água e deixar os alimentos em molho por durante 15 minutos. Devido ao seu sucesso reprodutivo, ele tornou-se uma terrível praga agrícola, alimentando-se vorazmente de diversos vegetais de consumo humano, e por isso um parecer técnico 003/03 publicado pelo Ibama e pelo Ministério da Agricultura em 2003, que considera ilegal a criação de caramujos africanos no país, determina a erradicação da espécie e prevê a notificação dos produtores sobre a ilegalidade da atividade. Este parecer vem reforçar a Portaria 102/98 do Ibama, de 1998, que regulamenta os criadouros de fauna exótica para fins comerciais com o estabelecimento de modelos de criação e a exigência de registro dos criadouros junto ao Ibama.
Curiosidade: Este caramujo é um animal hermafrodita, ou seja, possui no mesmo corpo órgãos sexuais masculinos e femininos, e pesa em média 200 gramas, medindo em média 15 cm de comprimento. Sua concha é alongada e rajada, com cores bege e marrom. Na fase adulta, atingida após um ano de vida, o Achatina pode colocar até 400 ovos a cada ano e o período de incubação leva de 1 a 15 dias. Desenvolve-se muito bem em regiões de clima quente, como nas matas, em regiões sombrias e bastante úmidas como nas proximidades de córregos, rios, lagos e alargados.
O combate: Primeiro é preciso identificarmos corretamente o caramujo africano para não haver qualquer confusão com as espécies nativas, posteriormente pegamos o exemplar com luva ou saco de plástico para evitarmos o contato direto com ele, e colocar sal ou cloro sobre o mesmo; também pode-se esmagá-lo, e não devemos de esquecer de destruir seus ovos no solo com uma vassoura de grama. Quando chove muito muita região infestada, é comum observarmos os caramujos subindo as paredes, então, é uma boa oportunidade para destruí-los. É preciso observar o local que foi infestado por eles por pelo menos três meses para verificação das reinfestações. O combate químico com o uso de pesticidas não é indicado, pois o produto pode contaminar o solo, a água e até o lençol freático, podendo assim, levar a intoxicação dos animais e do ser humano - além disso, o mais grave é que o tal molusco pode ser resistente a vários pesticidas, seg. nos alerta o biólogo Paulo Aníbal G. Mesquita, que possui trabalhos publicados relacionado com o A. Fulica no Br.
A criação do Achatina fulica no Brasil foi considerada "de risco". Se adaptou muito bem às condições do país criando gerações sem controle em ambiente silvestre. Vários criadores soltaram espécimes na natureza, gerando uma situação de risco biológico por sua prolificadade. Quando criados sob controle, não oferecem riscos à saúde. Têm carne saborosa de paladar requintado mas, se contaminados podem disseminar processos patológicos graves.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Achatina_fulica"
Categoria: Gastrópodes
Categoria oculta: !Artigos com trechos que carecem de fontes desde Fevereiro de 2008
Temos orientado diversas esferas de governo, de que, a exemplo do que ocorre agora, quanto a Dengue, sobretudo, no Rio de Janeiro, existe a necessidade urgente de ações, principalmente no âmbito educativo quanto ao imediato controle deste molusco exótico.
Projeto
Achatina fulica.
(Caramujo Gigante Africano)
PROGRAMA MUNICIPAL DE CONTROLE DO CARAMUJO GIGANTE AFRICANO: Achatina fulica, Bowdich, 1822.
Espécie introduzida ilegalmente no Brasil na década de 80, trazendo danos significativos à agricultura, perda de biodiversidade e risco iminente à saúde pública.
Potencial hospedeiro dos nematóides Angiostrongylus cantonensis(chen, 1935) associado à Angiostrongilose meningoencefálica e Angiostrongylus costaricencis(Morera e Céspedes, 1971). Potencial transmissor da Angiostrongilose abdominal, que causa tumores em órgãos do peritônio, assemelhando-se a apendicite aguda, podendo levar o homem à morte por graves lesões ao sistema digestório.
Compete com moluscos nativos prejudicando a biodiversidade.
Espécie com alto potencial reprodutivo, realizando inúmeras posturas por ano, com 200(duzentos) ovos em média por postura. resiste a condições ambientais adversas, praticando inclusive o canibalismo interespecífico de ovos e elementos jóvens.
Na agricultura familiar alimenta-se vorazmente de culturas diversas, dando grandes prejuizos econômicos.
É hermafrodita, portanto, a reprodução é independente por auto fecundação.
Transmissão eventual de patógenos através do muco expelido contendo nematóides e microrganismos nocivos à saúde humana..
BIOLOGIA DA ESPÉCIE
O corpo é de tonalidade cinza escuro e as conchas são alongadas e possuem faixas de coloração variável, de castanho até levemente arroxeada.
Na fase adulta são de grande porte, podendo atingir 20 centímetros de comprimento de concha e pesar até 500 gramas.
Geralmente passa o dia escondido e sai para se alimentar e reproduzir à noite ou durante e logo após as chuvas.
Possui alta taxa de reprodução, faz várias posturas com cerca de 200 ovos cada, em locais protegidos de insolação, ficando os ovos enterrados a poucos centímetros de profundidade.
Os ovos são de coloração branco-leitosa ou amarelada, com tamanho um pouco maior que uma semente de mamão.
OS SINTOMAS DA DOENÇA ANGIOSTRONGILOSE ABDOMINAL:
Febre, dores abdominais intensas, inchaço abdominal, perda de apetite, cansaço, emagrecimento e hemorragia abdominal e constipação intestinal.
A Angistrogilose meningoencefálica ou Meningite eosinofílica transmitida pelo Angiostrongylus cantonensis pode causar várias complicações neurológicas e cegueira, raramente levando o paciente à morte, não havendo registros de casos no Brasil, sendo a endemia do sudeste asiático.
Obs: de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro/SES em convênio com o Ministério da Saúde/Fiocruz, não há dados científicos que confirmem até o momento, transmissão dos patógenos Angiostrongylus costaricences e Angiostrongylus cantonensis no Brasil, por meio de Achatina fulica, portanto, sendo de baixo risco para a saúde pública, pelo baixo potencial de transmissão que apresenta.
CUIDADOS
· Evitar o contato direto com o caramujo, usando luvas, ou sacos plásticos.
· Manter as mãos sempre bem lavadas antes e após o trabalho.
· Lavar bem antes do consumo, frutas legumes e verduras, de preferência com hipoclorito de sódio (água sanitária) a 2%, deixando-os entre 15 e 30 minutos nessa solução e lavando em seguida em água potável.
· Manter a casa e quintal sempre limpos e sem vazamentos, por meio do MIP. (manejo integrado de pragas)
O CONTROLE
Coleta manual com luvas ou sacos plásticos, quebra da concha, incineração, e enterramento de preferência em aterro sanitário municipal, para evitar que as conchas se tornem criadouros de Culicídeos, como o mosquito da dengue e evitar a contaminação ao meio ambiente. Usar sempre hipoclorito de sódio (água sanitária) à 2%, após o expediente de trabalho, para desinfecção dos vasilhames em que os mesmos são
armazenados antes da incineração.
Limpeza e drenagem, sempre que possível, de locais que possam ser eventuais criadouros do caramujo, desestimular por parte da população a criação da espécie em cativeiro, por meio de educação ambiental, já que só com o cidadão consciente e por meio de sua participação, se consegue controlar pragas.
Não usar sal, pois em grande quantidade, há risco de salinização do solo, causando degradação ambiental.
METODOLOGIA DE TRABALHO
Otimização do trabalho
Levantamento epdemiológico
Campanhas públicas de esclarecimento à população
Tipo de coleta: manual
Tipo de acondicionamento: recipiente lavável
Uso de hipoclorito de sódio a 2% para desinfecção de recipientes
Identificação da espécie
Incineração, quebra da concha e enterramento em aterro de resíduos sólidos municipal a 50 centímetros de profundidade.
Levantamento geográfico da região infestada
Levantamento de períodos sazonais com maior incidência de infestação, para realização trabalho sistematizado
Levantamento de índice
Levantamento relação Achatina fulica/roedores
Sistematização de dados por meio de relatórios/gráficos e envio de informações à Secretaria de Estadual de Saúde/Rj-SES
AUTOR DO PROJETO
Biólogo Ambiental Especialista em Controle de Pragas Urbanas
Carlos Simas
Bibliografia
Informativo/SES-março/2005 “Avaliação e estudo sobre o mpacto causado pela infestação do Achatina fulica no Estado do Rio de Janeiro”.
Secretaria de Estado de Saúde/Rj
Achatina fulica (moluscos) praga agrícola e ameaça à saúde pública no Brasil
Celso lago Paiva, editor.
Engenheiro agrônomo
Pesquisador de invasões biológicas em ambientes naturais e agrícolas.
Programa de pós-graduação em ecologia, instituto de biologia (dz/ib), universidade estadual de Campinas (Unicamp), estado de São Paulo, Brasil.
Centro de memória Unicamp (geht/ cmu).
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