domingo, 6 de abril de 2008

Barata de Esgoto(Periplaneta americana)/Por quê prevenir?

FACULDADE SÃO JUDAS TADEU



PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA







BARATA DE ESGOTO( PERIPLANETA AMERICANA)
POR QUÊ CONTROLAR ?









CARLOS ALBERTO SIMAS BORGES
Trabalho Científico apresentado como pré-requisito para Pós-Graduação Lato Sensu em ensino de Ciências e Biologia. Orientado por Marcelo Teixeira Farias









RIO DE JANEIRO – 2004









1 - INTRODUÇÃO:


1.1 As Baratas e a Evolução:
É um grupo de insetos dos mais antigos conhecidos desde o Carbonífero Inferior, como comprovam coletas de terrenos de cerca de 300 milhões de anos, quando ocupavam lugar de maior destaque entre o grupo dos insetos. Viviam em lugares úmidos, sob folhas, perto de água, isso devido às impressões que deixaram nesses lugares. As ootecas das espécies daquela época são semelhantes às atuais. Existem 12 famílias de blattodea fósseis, baseadas em impressões alares exclusivamente. Atualmente são conhecidas cerca de 4000 espécies no mundo, sendo conhecidas no Brasil cerca de 1000 espécies. Sua posição na escala evolutiva vem sendo discutida como precursores ou não dos cupins (Isoptera).






BARATA DE ESGOTO( PERIPLANETA AMERICANA)
PORQUÊ CONTROLAR ?







EM VIRTUDE DA RELEVÂNCIA MÉDICO-SANITÁRIA, PELO FATO, DO VETOR POSSUIR O POTENCIAL DE TRANSMITIR VÁRIOS AGENTES ETIOLÓGICOS QUE CAUSAM DOENÇAS, DEBILITANDO OU PODENDO LEVAR O INDIVÍDUO À MORTE, BUSCA-SE O ESTUDO E CONTROLE COMO FORMA DE GERAR UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA À POPULAÇÃO E CONSEQÜENTEMENTE MAXIMIZAR RECURSOS PÚBLICOS.




Este projeto tem a pretensão de participar na conscientização de alunos da escola pública de nível fundamental “Prof. Marcelo.T. Farias” na zona Sul do Rio de Janeiro, buscando alternativas para o controle integrado de baratas de esgoto. (Periplaneta americana) na escola.

2 - OBJETIVOS:

Objetiva-se dessa forma oferecer subsídios aos alunos para que ao final do ano letivo esses discentes possuam uma maior consciência enquanto cidadãos sobre medidas profiláticas em sua escola que gerem demandas para melhorar a higiene, conservar instalações prediais, havendo assim, um controle integrado do vetor, melhor qualidade de vida com mais saúde.

3 – JUSTIFICATIVA :

A barata de esgoto (Periplaneta americana) representa riscos relevantes à saúde pública por ser veículo de bactérias, vírus patogênicos, helmintos, protozoários e fungos. Entre as doenças causadas por microrganismos transportados por baratas estão a lepra, disenteria, gastroenterites, tifo, meningite, pneumonia, difteria, tétano, tuberculose entre outras. Dessa forma, por si só, já se justificaria uma ação educacional permanente sobre a questão, uma vez que, a barata precisa de três condicionantes para sua reprodução: água, abrigo e alimento. Portanto, o aluno cidadão, educado e consciente, será um agente multiplicador em sua escola, sua comunidade e bairro colaborando para a melhoria da qualidade de vida da população.

4 - DESENVOLVIMENTO:

4.1-NA DISCIPLINA CIÊNCIAS IREMOS TRATAR DO CONHECIMENTO DA BIOLOGIA DA ESPÉCIE, FORMAS DE CONTROLE QUÍMICO, MAS PRINCIPALMENTE AÇÕES PREVENTIVAS QUE ENVOLVEM O MANEJO AMBIENTAL POR MEIO DO MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS-MIP. ESTE PROJETO DE CONTROLE DA BARATA DE ESGOTO_PERIPLANETA AMERICANA ENVOVEM OS SEGUINTES TEMAS:


5 - As Baratas e o Ambiente (biologia geral)
São espécies de hábitos noturnos e lucífugos, higrófilas e termófilas. Podem ser divididas em espécies terrestres, aquáticas e semi-aquáticas. Dentre as terrestres há espécies cavernícolas, desérticas e de outros habitats. Vivem em lugares escuros, por excelência, em abrigos sob folhas mortas, sob musgos, na base das folhas de bromélias, em casca de árvores, pau podre, em cavernas, debaixo de pedras, associadas a formigas (mirmecófilas), a cupins (termitófilas), miméticas ou domésticas associadas às habitações. Há espécies semi-aquáticas, na fase de ninfa, vivendo debaixo de pedras, nas margens dos rios, imersas por longo tempo.
Existem baratas cegas que são encontradas em lugares obscuros (cavernícolas).

6 - As Baratas e seus Hábitos Alimentares
Quanto ao regime alimentar são omnívoras ou oligófagas, elas aceitam tanto alimento animal quanto o vegetal, embora dêem preferência aos vegetais. Algumas espécies (Panesthiinae) são xilófagas, vivem em pau podre, que assimilam graças à presença de microorganismos simbióticos (bactérias ou flagelados hipermastiginos em seu intestino) que transformam a celulose em dextrose graças à uma celulase, como pode ser exemplificado pelas espécies do gênero Cryptocercus.

No entanto, a atividade das baratas domésticas não é totalmente noturna. Há um período de grande atividade (17 às 19 horas) seguido de períodos de repouso e de volta à atividade. Quando começa a amanhecer, um outro grande período de atividade, para o repouso total durante o dia todo.
Exigem um certo grau de unidade, daí a sua preferência por lugares mais ou menos escondidos, apresentando mesmo uma tendência bastante acentuada para penetrar em cavidades do solo e havendo algumas cavernícolas (Panchlorinae, Blattinae) e outras bem modificadas para esse meio (Nocticolinae).


Os espécimens dessa Ordem são conhecidas popularmente por baratas, cajards, blattes, cockroaches, schabem, tarakan, cucarachas. O nome vem do latim blatta, nome genérico da barata ou inseto que evita a luz. Têm pouca importância para a agricultura, entretanto, algumas são muito importantes do ponto de vista sanitário, devido à sua adaptação aos domicílios e outras construções feitas pelo homem quando danificam alimentos e roupas e ainda disseminan doenças. Podem ser aladas, semi-aladas ou ápteras. Daremos Ênfase neste trabalho à espécie Periplaneta americana por julgarmos ser de maior importância médico-sanitária e econômica.



7 - Informações Gerais:
7.1 As Baratas e a Evolução:
É um grupo de insetos dos mais antigos conhecidos desde o Carbonífero Inferior, como comprovam coletas de terrenos de cerca de 300 milhões de anos, quando ocupavam lugar de maior destaque entre o grupo dos insetos. Viviam em lugares úmidos, sob folhas, perto de água, isso devido às impressões que deixaram nesses lugares. As ootecas das espécies daquela época são semelhantes às atuais. Existem 12 famílias de blattodea fósseis, baseadas em impressões alares exclusivamente. Atualmente são conhecidas cerca de 4000 espécies no mundo, sendo conhecidas no Brasil cerca de 1000 espécies. Sua posição na escala evolutiva vem sendo discutida como precursores ou não dos cupins (Isoptera).

8 - Distribuição Geográfica:
Estão distribuídas em todo o mundo desde regiões neotropicais até paleárticas, podendo atingir tamanho de 5mm até 100mm, como é o caso daquelas pertencentes ao gênero Megaloblatta.

9 - As Baratas e sua Importância Médico Sanitária
Sua importância médico-sanitária é bastante discutida na literatura, pois podem servir de veículo de bactérias e vírus patogênicos, bem como de hospedeiro para helmintos, protozoários e fungos. O hábito de regurgitar parte do alimento digerido, ao mesmo tempo que defecam representa o grande perigo desses insetos em nossos lares. Entre as doenças causadas por microorganismos transportados pelas baratas são: a lepra, a desinteria, as gastro-enterites, o tifo, a meningite, a pneumonia, a difteria, o tétano, a tuberculose e outras.
Entre as baratas domésticas são conhecidas ao todo 9 espécies, todas cosmopolitas que são: Periplaneta americana (Linnaeus, 1758), Periplaneta australasiae (Fabricius, 1775), Periplaneta brunnea Burmeister, 1838, Leucophaea maderae (Fabricius, 1781), Nauphoeta cinerea (Olivier, 1789), Pycnoscelus surinamensis (Linnaeus, 1758), Supella longipalpa (Fabricius, 1798), Blattella germanica (Linnaeus, 1758), Blatta orientalis (Linnaeus, 1758), esta não encontrada no Brasil.
BLATTELA GERMANICA(FRANCESINHA )






 10 - Controle populacional

A ÊNFASE ATUAL PARA O CONTROLE DE PRAGAS URBANAS PASSA PRIORITARIAMENTE PELO MANEJO AMBIENTAL, NÃO PERMITINDO QUE EXISTAM CONDIÇÕES FAVORÁVEIS À REPRODUÇÃO. ISSO SIGNIFICA HIGIENIZAR CONSTANTEMENTE O LOCAL, PRINCIPALMENTE O DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS, SOLUCIONAR VAZAMENTOS, VEDAR FRESTAS, CORRIGIR EVENTUAIS TUBULAÇÕES HIDRÁULICAS COM VAZAMENTOS, TUBULAÇÕES DE ESGOTO E PLUVIAIS INATIVAS, TELAR ABERTURAS, ACONDICIONAR O LIXO EM SACOS PLÁSTICOS DENTRO DE RECIPIENTES ADEQUADOS ACIMA DA SUPERFÍCIE DO SOLO, MANTER ALIMENTOS AFASTADOS DA PAREDE(DISPENSA) COBERTOS POR MATERIAL PLÁSTICO, CASO SEJA USADO PALLETS, QUE OS MESMOS SEJAM DE PLÁSTICO, PARA EVITAR ATAQUE DE BROCAS E CUPINS(TÉRMITAS), COMO ÚLTIMA OPÇÃO USAR INSETICIDAS QUÍMICOS SOB ORIENTAÇÃO TÉCNICA , DEVIDO AO RISCO DE CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL. MANTER CUIDADOS PERMENENTE COM A DISPOSIÇÃO DO LIXO.









11 - Cronograma

O projeto em questão pretende durante o 1º semestre de 2004 introduzir conceitos básicos da biologia, identificação, hábitos e formas de controle do vetor para uma maior familiarização por parte dos alunos, deixando o 2º semestre para trabalhos de campo, captura e diagnóstico em laboratório. Os alunos ao final do ano letivo irão elaborar trabalho escrito para que se possa mensurar a aprendizagem dos mesmos



12 - RESULTADOS ESPERADOS :


Espera-se ao final do projeto, que os alunos sejam cidadão conscientes e multiplicadores, possuindo como base o conhecimento de que só é possível o controle de pragas urbanas com a aplicação de medidas preventivas como higiene, ações mecânicas e educação ambiental, sendo de importância secundária as ações químicas, que sendo necessárias deverão sempre ser executadas por entidades e profissionais legalmente habilitados para esse fim.

13 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS :



BIBLIOGRAFIA: ANAIS DO 2º SIMPÓSIO LATINO AMERICANO SOBRE CONTROLE DE PRAGAS URBANAS/EXPO*PRAG 1996.



PROJETO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE NILÓPOLIS/RJ-2004
COORDENAÇÃO MUNICIPAL DE CONTROLE DE VETORES/CMCV
BIÓLOGO: BORGES SIMAS CARLOS ALBERTO
CRBBIO: 38.969/02











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