quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Chuva provoca tragédia na Região Serrana do Rio de Janeiro.

Imagens captadas pelo helicóptero da Rede Globo mostram parte do estrago causado em Teresópolis, na região Serrana do Rio de Janeiro.
Foto: Divulgação: Imagens captadas pelo helicóptero da Rede Globo mostram parte do estrago causado em Teresópolis, na...


Só gostaríamos de começar dizendo o seguinte: até quando essas pessoas terão que morrer abandonadas pelo poder público? Cobrar impostos é mole, conversa fiada em épocas de eleição, todo mundo já está de saco cheio. Dizer que vai visitar depois da catástrofe anunciada ocorrer é maldade. Todos sabiam que essas áreas são de risco, os satélites modernos avisam com antecedência grandes temporais, e mesmo assim, nada se faz para ajudar pessoas que sabidamente estarão na direção das águas.

Niterói, o Morro do Bumba é um exemplo do que afirmamos sobre o descaso do governo do estado e das prefeituras com a vida das pessoas. No início de 2010, morreram naquele local que desabou sob tempestade, aproximadamente 140 pessoas. Até hoje, ainda tem gente morando naquele local, segundo a imprensa. Cadê os governos estadual e municipal? Parece-nos que existe sim, um desgoverno generalizado. Estamos indignados, junto com essas pobres famílias. Não vamos nos calar, ser omissos e falsos como eles são.

É hora de forte reação popular contra essa desfaçatez crônica do Governador Sérgio Cabral, e prefeitos que frequentam essa mesma escola.

(Comentários do Biólogo Ambiental Carlos Simas)



Por Redação Yahoo! Brasil


Mais de 80 pessoas morreram nos deslizamentos de terra em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. O boletim divulgado pela Defesa Civil do município às 14h30 falava em 71 mortos, mas esse número deve subir, já que há ainda muitos desaparecidos.

Em busca de sobreviventes, a Defesa Civil mantém cerca de 800 homens nos bairros mais atingidos pela chuva. O prefeito de Teresópolis, Jorge Mário Sedlacek, admitiu que o número de vítimas pode subir, pois as equipes de socorro ainda conseguiram chegar a alguns locais de difícil acesso, devastados por enxurradas e desmoronamentos.

Os municípios de Petrópolis e Nova Friburgo também sofreram graves consequência das fortes chuvas, com seis e sete mortes já confirmadas, respectivamente, de acordo com a Defesa Civil. Assim, somando-se aos 71 de Teresópolis, são 84 mortos já confirmadas na Região Serrana do Rio de Janeiro.

Imagens de TV mostraram ruas tomadas pela água e várias casas totalmente soterradas pela lama que desmoronou de encostas em Teresópolis. A prefeitura da cidade decretou estado de calamidade pública e estima que o número de desabrigados já passa de mil pessoas. A área mais atingida é a periferia do município. O governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB), pediu aeronaves à Marinha para facilitar o deslocamento de bombeiros e outros integrantes de equipes de resgate. Todas as secretarias estaduais foram mobilizadas para atender as vítimas e reparar as áreas devastadas.

Bombeiros soterrados
Em Nova Friburgo, um prédio de três andares desabou e matou uma criança, um idoso e um bebê. Uma equipe do Corpo de Bombeiros também foi soterrada quando tentava realizar um salvamento.

"Infelizmente temos três bombeiros entre as vítima. Choveu muito forte e a situação está intensa", disse o comandante geral do Corpo de Bombeiros, Pedro Machado. Há ainda um quarto bombeiro desaparecido.

Muitas pessoas estão ilhadas nas cidades devido ao alto nível das águas que cobriram ruas e avenidas. Vários bairros estão sem luz e telefone. "A situação aqui em Friburgo é caótica. As pessoas estão sem poder se locomover. Está terrível, o Rio Bengala transbordou e várias pontes desabaram", disse um bombeiro da cidade à Reuters.

O vice-governador, Luiz Fernando Pezão, foi à Região Serrana para prestar apoio e solidariedade aos moradores. Ele sobrevoou as cidades para acompanhar de perto os estragos provocados pela chuva. "O quadro é triste e desesperador", avaliou o vice-governador.

De acordo com o senador eleito Lindberg Farias (PT-RJ), o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, vai visitar a região serrana ainda nesta quarta-feira para avaliar os danos e oferecer o apoio que for necessário por parte do governo federal.

As mortes no Rio acontecem um dia depois das fortes chuvas que deixaram pelo menos 13 mortos no Estado de São Paulo. As chuvas no Sudeste já prejudicam a região desde meados de outubro do ano passado, com alto índice de mortos e feridos, principalmente em dezembro. Minas Gerais registrou 16 mortes em decorrência das chuvas desde novembro, enquanto o Espírito Santo divulgou cinco mortes, segundo as Defesas Civis Estaduais.

Previsão de mais chuva
A situação na região serrana do Rio pode se agravar. De acordo com a previsão do Instituo Nacional de Meteorologia (Inmet), há condições para chuva ainda hoje no local. O tempo fica de nublado a encoberto, com chuvas e possíveis trovoadas. Na capital fluminense, também há previsão de chuva e tempo nublado. No litoral sul do Rio, na região de Angra dos Reis, há previsão de chuva de intensidade forte a moderada.

Com informações das Agências Estado e Reuters

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Fonte: Site yahoo

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