segunda-feira, 21 de março de 2011

Diflubenzuron no Combate a Dengue. Esse mata mesmo... o agente de saúde, e a população!


O produto químico que foi jogado mais uma vez, pela FUNASA/Ministério da Saúde, para o controle da Dengue, O DIFLUBENZURON, é altamente tóxico (Classe II), não só para agentes de saúde, que podem desenvolver por exposição prolongada ao produto, até câncer, principalmente o de fígado, mas também coloca a população que consumirá água potável com o produto sob risco.

Veja você mesmo a nota técnica da ANVISA, sobre o produto:

www.sintsauderj.org.br/docs/luizclaudio.ppt


“O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”

A própria ANVISA, que me parece a pedido da Secretaria estadual de Saúde do Rio de Janeiro, SES/Rj, expõe com clareza os perigos inerentes ao uso incorreto e consequente toxicidade do Diflubenzuron, sobre a saúde humana.

O produto, segundo a própria ANVISA, pode contaminar preparadores da calda mãe, e aplicadores no campo.

O Diflubenzuron pode afetar músculos, vísceras, pele, gordura, sangue, fígado, rim e estômago.

Note que a própria ANVISA admite então, que o trabalhador, até por exposição prolongada com o produto, pode sofrer lesões em órgãos vitais.

Admite também que o Diflubenzuron possui baixa toxicidade aguda, porém a toxicidade mais perigosa é a crônica, pois demanda longo período de exposição ao químico, com possíveis e conseqüentes lesões de órgãos vitais, como já elencado acima.

O produto pode causar a toxicidade genotóxica, que é gravíssima, pois poderia causar graves lesões ao DNA do trabalhador, e no de quem eventualmente consumisse água tratada com o produto, por longo período.

Há suspeita de disfunção endócrina, ou seja, glândulas como a tireóide, podem ser afetadas pela exposição ao Diflubenzuron.

O produto já foi classe IV (pouco tóxico), mas por ser altamente irritante ocular (olhos), foi revisado, e incluído na classe II (altamente tóxico). É de se observar que os pesticidas de classe II, também podem provocar séria irritação dérmica. Portanto, o trabalhador que manipula o produto, principalmente sem viseira, e luvas adequadas, corre sério, e iminente risco de lesão ocular, e sérias alergias dermatológicas.

Nota-se pela fórmula estrutural do Diflubenzuron, que a substância possui dois anéis aromáticos heterocíclicos, sendo uma extremidade, o elemento químico Cloro (Cl), e na outra, o Flúor (F), o que denota alta toxicidade do Diflubenzuron, como foi de fato revisado pela ANVISA, e incluído na Classe II (alta toxicidade).

Diante do exposto, dever-se-ia buscar outras formas menos onerosas de controle da Dengue, até pelo fato de que existem produtos biológicos, e eficazes no mercado brasileiro, com ênfase inclusive na educação ambiental às pessoas, no controle do vetor. Esses produtos possuem baixo impacto ambiental, não geram resistência e somam risco zero de prejuízo a saúde do trabalhador e população.


Carlos Simas

Biólogo Ambiental

Agente Combate as Endemias/FUNASA

Especialista em controle de pragas urbanas/UFRJ

Professor pós-graduado em ensino de ciências e biologia

Estudante de Direito

5 comentários:

  1. Fabio
    Para melhor esclarecimento, como e de nivel II a insalubridade aumenta? Ou permance da mesma forma do Abate?

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  2. Bom dia Fábio, inicialmente obrigado pela participação, por meio do seu comentário.

    Fábio, desde que me entendo por gente, luto,com coerência, não só em prol de mim mesmo, mas sobretudo do coletivo, e sempre afirmo que "tem gente que fala de samba e não sabe o que diz".

    Portanto meu irmão, para continuar sendo coerente com que falo e escrevo, preciso lhe dizer que não disponho no momento dessa informação, que é do ramo trabalhista.

    Acredito que nosso Sindicato, o Sintsaúde-Rj, seja o canal adequado, para obtermos essa resposta de modo correto.

    Nada impede também que pesquisemos, até no Site do Ministério do Trabalho.

    Abração!

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  3. Ola Carlos
    Me chamo Romulo, sou ACE em Salvador e aqui tb usamos o Diflubenzuron. O link para nota tecnica da Anvisa esta fora do ar, poderia revisa-lo? Caso n seja possivel como posso ter acesso a esta nota? Estou buscando material tecnico para inviabilizar o uso deste veneno aqui em Salvador. Desde já agradeço a atenção.

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  4. Rômulo, Boa tarde, e muito obrigado pela participação. Parabéns pela atitude, pois o resto é blá, blá, blá, daqueles que fingem ser o que não são.

    A própria nota técnica da Anvisa, disponibilizada em nosso artigo, já seria prova mais que suficiente da toxicidade do produto.

    Continue participando, para que possamos juntos, formar uma sociedade mais justa e igualitária.

    Abração amigo!

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  5. ola!
    aqui estamos usando o novaluron,por sua vez eu ainda não useu pois estava de lincença maternidade mais agora estou sendo obrigada a usar se não vão corta minha insalubridade,gostaria que vc com seu emenso conhecimento mi ajudase,pois ainda amamento e tou aflita.

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