Periplaneta americana(barata de esgoto)
Os espécimens dessa Ordem são conhecidas popularmente por baratas, cajards, blattes, cockroaches, schabem, tarakan, cucarachas. O nome vem do latim blatta, nome genérico da barata ou inseto que evita a luz. Têm pouca importância para a agricultura, entretanto, algumas são muito importantes do ponto de vista sanitário, devido à sua adaptação aos domicílios e outras construções feitas pelo homem quando danificam alimentos e roupas e ainda disseminan doenças. Podem ser aladas, semi-aladas ou ápteras.
As Baratas e a Evolução:
É um grupo de insetos dos mais antigos conhecidos desde o Carbonífero Inferior, como comprovam coletas de terrenos de cerca de 300 milhões de anos, quando ocupavam lugar de maior destaque entre o grupo dos insetos. Viviam em lugares úmidos, sob folhas, perto de água, isso devido às impressões que deixaram nesses lugares. As ootecas(estrutura com ovos que as baratas carregam ao final do corpo/veja foto Periplaneta brunnea) das espécies daquela época são semelhantes às atuais.
Blattella germanica(francesinha)
Existem 12 famílias de blattodea fósseis, baseadas em impressões alares exclusivamente. Atualmente são conhecidas cerca de 4000 espécies no mundo, sendo conhecidas no Brasil cerca de 1000 espécies. Sua posição na escala evolutiva vem sendo discutida como precursores ou não dos cupins (Isoptera).
Distribuição Geográfica:
Estão distribuídas em todo o mundo desde regiões neotropicais até paleárticas, podendo atingir tamanho de 5mm até 100mm, como é o caso daquelas pertencentes ao gênero Megaloblatta.
As Baratas e seus Hábitos Alimentares
Quanto ao regime alimentar são omnívoras ou oligófagas, elas aceitam tanto alimento animal quanto o vegetal, embora dêem preferência aos vegetais. Algumas espécies (Panesthiinae) são xilófagas, vivem em pau podre, que assimilam graças à presença de microorganismos simbióticos (bactérias ou flagelados hipermastiginos em seu intestino) que transformam a celulose em dextrose, graças à uma celulase, como pode ser exemplificado pelas espécies do gênero Cryptocercus.
Pycnoscelus surinamensis |
São espécies de hábitos noturnos e lucífugos, higrófilas e termófilas. Podem ser divididas em espécies terrestres, aquáticas e semi-aquáticas. Dentre as terrestres há espécies cavernícolas, desérticas e de outros habitats. Vivem em lugares escuros, por excelência, em abrigos sob folhas mortas, sob musgos, na base das folhas de bromélias, em casca de árvores, pau podre, em cavernas, debaixo de pedras, associadas a formigas (mirmecófilas), a cupins (termitófilas), miméticas ou domésticas associadas às habitações. Há espécies semi-aquáticas, na fase de ninfa, vivendo debaixo de pedras, nas margens dos rios, imersas por longo tempo.
Existem baratas cegas que são encontradas em lugares obscuros (cavernícolas). No entanto, a atividade das baratas domésticas não é totalmente noturna. Há um período de grande atividade (17 às 19 horas) seguido de períodos de repouso e de volta à atividade. Quando começa a amanhecer, um outro grande período de atividade, para o repouso total durante o dia todo.
Supella longipalpa
Exigem um certo grau de unidade, daí a sua preferência por lugares mais ou menos escondidos, apresentando mesmo uma tendência bastante acentuada para penetrar em cavidades do solo e havendo algumas cavernícolas (Panchlorinae, Blattinae) e outras bem modificadas para esse meio (Nocticolinae).
As Baratas e sua Importância Médico Sanitária
Entre as baratas domésticas são conhecidas ao todo 9 espécies, todas cosmopolitas que são: Periplaneta americana (Linnaeus, 1758), Periplaneta australasiae (Fabricius, 1775), Periplaneta brunnea Burmeister, 1838, Leucophaea maderae (Fabricius, 1781), Nauphoeta cinerea (Olivier, 1789), Pycnoscelus surinamensis (Linnaeus, 1758), Supella longipalpa (Fabricius, 1798), Blattella germanica (Linnaeus, 1758), Blatta orientalis (Linnaeus, 1758), esta não encontrada no Brasil. Em virtude da importância médico Sanitária desses insetos, seu controle populacional, torna-se fundamental, visando a saúde e maximização de recursos públicos, principalmente quanto a diarréias e gastrointerites, sobretudo em crianças que ficam mais expostas.
Periplaneta brunnea
Controle: De um modo geral, o controle de pragas passa, por por pelo menos, três processos básicos:
1) Higiênico
2) mecânico
3) Químico
Obs: Geralmente as ações 1 e 2, quando permanentes e bem coordenadas, são suficientes, para o controle de pragas (baratas) em residências.
Fonte: Site Museu Nacional
Setor de Entomologia
UFRj, com pequenas adaptações e informações sobre controle por parte do Biólogo Carlos Simas.
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