Instituto anuncia que iniciou trabalhos para produção da vacina no Brasil.
Expectativa é que sejam produzidas entre 20 e 30 milhões de doses por ano.
O Instituto Butantã anunciou nesta segunda-feira (2) que deu início ao desenvolvimento da produção de uma vacina contra dengue. Segundo o presidente da fundação, Isaias Raw, a previsão é que em 2010 o Brasil já possua a vacina para ser utilizada na rede pública de saúde em crianças e em jovens.
A intenção do instituto é que, com o tempo a vacina passe a fazer parte do calendário de vacinação infantil, com crianças de dois anos recebendo duas doses, em um intervalo que “provavelmente” deve ser de seis meses, para ficarem imunizadas.
De acordo com o presidente do Butantã, há seis meses foram adquiridas as “cepas”, ou vacina original, produzidas pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês). Essa vacina foi testada
Nos próximos três meses deverá ser construído um laboratório dentro do Instituto para a produção da vacina em grande escala. “O NIH cedeu a patente para o Butantã, exclusivamente para a América Latina”, disse. A estimativa é de que os ensaios clínicos com a vacina produzida no Butantã comecem a ser feitos em seis meses.
Para a construção do laboratório serão liberados inicialmente R$ 5 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e R$ 2 milhões da Fapesp, em parceria com o Ministério da Saúde. Segundo Raw, já foi encomendado um bioreator para a produção das vacinas, avaliado em cerca de um milhão de dólares. A estimativa é de que no final, sejam destinados para o laboratório cerca de R$ 20 milhões. “Nosso produto chega à sociedade, então não me preocupo com isso (com o dinheiro que falta). O resto depois à gente vê com o Ministério da Saúde”.
Segundo o presidente do Butantã, as negociações para a produção da vacina no Brasil começou há três anos, “antes de a epidemia ficar muito avançada”. Ele conta que pelo menos dois tipos de vacina já foram criados no mundo, mas se mostraram ineficazes. “Acreditamos que essa tem tudo para dar certo”.
O trabalho será feito em parceria com a fundação norte-americana Pedriatic Dengue Vaccine Initiative (PDVI). Ainda segundo Raw, os ensaios em humanos poderão ser feitos com brasileiros e pessoas de outros países que também tenham a doença como epidemia. No Brasil, deverá ser feito um mapeamento do perfil da doença. O ideal seria testar duas realidades diferentes de dengue.
Fonte: Site G1
Nossa opinião: Confiamos na capacidade intelectual e tecnológica de nossos cientistas brasileiros e instituições, que sempre demonstram competência. Já em 1903, o grande cientista Oswaldo Cruz, programava grande cruzada contra o mosquito da dengue e vencia a guerra poucos anos depois. Falemos ainda de Emílio Ribas, Evandro Chagas, Vital Brasil, Noel Nutels entre tantos outros heróis. Hoje o enfoque científico é um pouco diferente, olhando-se o trabalho em equipe, mas quantos cientistas heróis, atualmente, também nos enchem de orgulho. Notou há poucos dias atrás, o exército deles brigando por nós, quanto ao uso terapêutico de células tronco embrionárias? Instituições renomadas mundialmente como o Instituto Butantã
Nenhum comentário:
Postar um comentário